quarta-feira, 1 de maio de 2013

Relato de Parto [ 41 semanas e 4 dias ]


Estava chegando nas 42 semanas e nada de dor, nada de cólica, nada de contração, nada de nada. Já sonhava com o rostinho da Clara quase todos os dias, já estava ficando com medo de passar demais do tempo e minha filha nascer com algum problema respiratório, com medo de não conseguir um parto normal mesmo induzido e precisar de uma cesárea. A idéia da cesárea sempre me perturbou demais, só de imaginar aquela coisa de anestesia na espinha, bisturi, corte na barriga e pontos e mais pontos, eu já ficava com vontade de chorar, além de não ter imaginado isso pra mim, eu sempre quis um parto normal, sempre me imaginei sentindo as dores do parto, sentindo cada contração, indo tomar banho quente para amenizar as dores, fazendo força e parindo... era isso que eu queria mas parecia que estava complicado pois a Clara não tinha sequer encaixado e minha pressão estava sempre alta ( tive hipertensão na gestação) mesmo com os remédios.
Passou das 41 semanas e com 41 semanas e 5 dias eu fui no pré natal mas já fui arrumada para ir pra maternidade depois, não queria nem saber oque a médica diria, eu iria pra maternidade assim mesmo, não podia esperar mais, não queria passar mais uma noite grávida. Chegando na consulta para ver a evolução, tudo na mesma... 1cm de dilatação e nada da Clara encaixar, e quando a minha GO foi verificar minha pressão, estava 140 x 120, ela quase surtou pois estavam quase encostando uma na outra e fez um encaminhamento para o hospital da mulher de São João de Meriti, perto da minha casa ( era lá mesmo que eu queria ir). Saí do consultório de fui, meio nervosa com a pressão mas feliz de estar indo pra maternidade. Estava eu, Robério e minha mãe, com o carro que pegamos emprestado da minha tia Jô.  Chegamos no hospital ás 16h, fizemos a ficha e fui passar em uma parte para ser consultada, minha pressão foi verificada e estava a mesma coisa, me mandaram para uma consulta com uma médica, ás 17h ela me atendeu e estava com 2 cm de dilatação e nada de trabalho de parto. A médica pediu que eu aguardasse que seria feito uma ultra para saber o estado do bebê. Hospital público é uma coisa, estava cheio e então nada foi muito rápido. Fui para a parte da Ultra e fiquei aguardando, nervosa pois não tinha como informar ao Robério oque eu estava fazendo e nem a minha mãe, pois o bendito sinal da tim não pegava lá dentro do hospital. Ás 18:40 eu fiz a ultra e estava tudo ótimo com o bebê, apenas minha pressão alta mesmo. Fui encaminhada de volta a sala de preparo e aí  tive certeza de que ficaria internada aquela noite. Procuraram minha veia e deixaram um acesso ali, a enfermeira tinha uma péssima mão pra isso e quase me arrancou a veia,rs. Logo depois minha mãe entrou lá e perguntou se eu ficaria, disse que sim e ali ela ficou um tempo. Me deram o bendito roupão e pediram que retirasse a roupa e todos os brincos e piercings que tenho. Coloquei a roupa e minha mãe saiu da sala, o Robério chegou e parecia super abatido e nervoso, conversamos um tempo e ele me acalmou dizendo que estaria ali o tempo todo ao meu lado. Ali mesmo já me chamaram para subir... dei um beijo no Robério, sentei na cadeira e eles me levaram para a sala do pré-parto. Cheguei lá e me acomodaram no primeiro leito, fiquei pensando na vida, em tudo que vivi até chegar ali, nas coisas que comi na gravidez, nos enjoos, nas azias, dores na coluna, má posição para dormir, no sexo feito de ladinho, nas inúmeras recomendações que comer ou deixar de comer, no Robério e toda sua atenção comigo e sua preocupação também! Quando foi umas 21h o médico veio, se apresentou e explicou que começaria a fazer a indução do parto, que seria feito com comprimidos que eram
colocados próximo ao colo do útero, que o processo poderia demorar 24h e os comprimidos eram colocados de 8/8h, algumas mulheres já sentiam as contrações com apenas 1 comprimido outras precisavam de 5 a 6 para começarem a sentir as dores. Era um pouco doloroso quando eles colocavam esse comprimido.
As horas foram pessando e nada de dor, só ouvia as mulheres ao lado gemendo, gritando, xingando, pedindo cesárea no auge da dor e implorando para ir embora,rs. Achei engraçado as coisas que ouvia e depois de cada grito desesperado de dor, ouvia as mulheres sendo levadas para a sala de parto e logo em seguida ouvia o choro do bebê....
As horas foram passando e quando foi 5h da manhã, mais um comprimido foi introduzido em mim... 30 minutos depois comecei a sentir umas cólicas, tipo cólicas de menstruação, nada de 
mais... Algum tempo passou e comecei a pensar no meu amor, lá embaixo com minha mãe, sem saber oque seria de mim, sem saber de nada... como eles estariam?
Logo depois chegou mais uma maca com uma menina ( Kelly ) e a colocaram ao meu lado, no mesmo box mas em uma maca ao lado da minha cama. Já chegou com contrações e chegou 
bem no momento em que eu estava chorando, chorando de medo de estar sozinha ali, medo de passar aqueles momentos sozinha e medo de parir e só poder avisar depois, medo que algo desse errado. A mãe da Kelly foi até lá com ela e perguntou meu nome, disse umas palavras de Deus para mim e disse que meu esposo estava lá em baixo me esperando. Aquilo me aliviou bastante, pois eu pensei que estava sozinha e que eles não tinham notícias de mim. A Kelly foi uma companheira pra mim, ela sentia minha dor e eu sentia a dor dela, acho acabamos nos ajudando um pouco. Logo depois veio a médica para troca de plantão e disse que meu marido ligava de 5 em 5 minutos pra saber como eu estava. :) Nossa! Nem acreditei pois não imaginava que o Robério faria isso por mim.
O tempo foi passando e as dores foram aumentando. Senti vontade de fazer cocô e fui, só me dei conta que estava com contrações, quando fui tomar um banho e senti uma pressão enorme na barriga, como se algo me puxasse para baixo... é uma dor que não te deixa andar, te dá vontade de abaixar e se encolher toda. Me arrumei rapidinho, e quando coloquei a fralda que tinha que usar, vi um pouco de sangue...pensei: Está tudo dando certo!
Voltei para a minha cama, comi e ali as dores aumentaram muito, não tinha reação a cada contração, é uma dor que dá, que você não tem oque fazer, você sente necessidade de aliviar a dor mas não tem como. A forma que encontrei foi me ''balançar'' na cama,rs. Quando eu empurrava o colchão com o pé, eu ficava aliviada, queria me mexer, queria fazer aquela dor passar mas não conseguia.
As horas foram passando e minha mãe foi me visitar, entrou bem na hora de uma contração, mal consegui falar com ela. E quando a dor passou, perguntei quem foi o vencedor do BBB13,rsrsrs. Não queria que ela me visse daquele jeito, queria tranquiliza-la mas não conseguia, a dor é forte ao ponto de você não pensar mais em nada e apenas querer que ela passe. Senti que ela me olhava e sentia a dor que eu sentia, ela podia imaginar como eu estava, ela podia ver que a dor era grande... ela foi conversar com a enfermeira swobre algo que a assistente social achou útil ela comunicar mas ao ouvir que a enfermeira disse que eu poderia ficar em trabalho de parto por até 3 dias, até eu fiquei com medo, impossível sentir aquilo por 3 dias, confesso que bateu o medo em mim. Minha mãe foi se despedir e chorou pois eu novamente estava com outra contração e estava naquele esquema de me balançar na cama com os pés, era meu conforto... Acho que ela também estava com medo de como eu passaria o dia assim e me perguntou: '' Filha, por que você não quis uma cesárea?'' HUAhAHu Tadinha, eu entendi oque ela estava pensando mas não era o momento para falar aquilo pra mim,rsrsrs.
Passaram mais alguns minutos, a médica veio me examinar e estava com 5 cm de dilatação! \o/
NooOoOoossa! que alívio ouvir aquilo. Fiquei mega feliz de saber que ia conseguir parir do jeito que eu imaginei.
A  dor realmente é intensa, mas sabia que seria assim e sabia que quanto mais dilatação, mais dor e mais próximo de conhecer a minha Clara eu estava.
Robério entrou pra me visitar, lindo como sempre, com cheiro de cigarro eu percebi o quanto estava nervoso, e pela pele abatida eu vi que talvez nem tivesse dormido direito. Ele chegou num momento bom, não estava com dor e consegui falar com ele direito. Ele me deu um beijo, fez carinho na minha testa e perguntou como eu estava. Já estava sentada quando ele chegou pois descobri que sentada a dor era menor e era muito mais fácil suportar cada contração que vinha. Ele viu minha bandeja com a comida ao meu lado e me pediu que comesse, mas como comer? Quando dava uma garfada vinha uma contração e nem conseguia engolir direito, tinha fome mas não conseguia comer. Acho que nesse momento a contração estava de 5 em 5 minutos, talvez com duração de 1 minuto... não sei... não tinha relógio e nem celular por perto, me perdi no tempo.
A enfermeira perguntou se ele assistiria o parto e ele disse que sim, então ela disse que ele podia ficar no corredor e me olhar de vez em quando, só para não ficar preocupado.
Só de saber que ele estava ali, praticamente ao lado, já fiquei aliviada... não me sentia mais sozinha, ele me passava força mesmo sem saber.
Parece que as contrações aliviaram um pouco e já não sentia aquela dor intensa, sentia dor sim, mas apenas balançar as pernas me aliviava.
Senti uma grande vontade de ir ao banheiro e assim fiz.... fiz cocô e tomei um banho em seguida.. Nossa! Parecia que ia ficar ali, estirada no chão, pois quando a água caia na barriga, a Clara se mexia tanto mas tanto que parecia que ia sair ali mesmo, no banheiro.A enfermeira foi atrás de mim e disse que não podia estar tomando banho pois já estava quase na hora do meu parto e era perigoso mas informei que queria aliviar a dor. Saí, coloquei a fralda,rs e caminhei para minha cama, quando cheguei a Kelly não estava mais lá, tinham colocado ela em outro box. Logo chegou um lanche e já não sentia mais fome, o problema é que as enfermeiras ficavam vigiando e pedindo que todas comessem para terem força na hora do parto, mas quem conseguia comer assim? Quem pensava em comer sentindo aquela dor? Cruz credo! Confesso que até tentei, fiz um esforço mas mal conseguia engolir, eu queria me concentrar na dor, queria ''curtir'' cada contração, pois tinha lido muitos relatos que diziam que é um momento único e que se você não ficar calma e controlada ( até onde for possível ) você acaba não conseguindo fazer as coisas no tempo certo. 
Logo a médica veio novamente e disse que daria um remédio para acelerar o processo e me ajudar, ela enfiou uma seringa no acesso que já tinha no braço, disse o nome do medicamento ( que eu não lembro ) e disse que logo minha filha estaria comigo. Nossa! Sentia aquele líquido gelado entrando em mim e em questão de 15 minutos eu comecei a sentir dor mais e mais intensa. Já não conseguia segurar a voz e a cada dor era um gemido. A médica veio novamente me examinar e pronto! 7 cm de dilatação!!!! Nossa!! Quando ela disse isso eu não acreditei, parecia que toda dor que tinha sentido até ali era nada e eu achava que demoraria mais 1 dia para Clara nascer. 
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Ela disse: '' Thalita, agora é só fazer força a cada contração, já estou vendo a 
cabeça dela.''
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Como assim?!?! Ela estava vendo a cabeça?!?!? Não acreditei que estava tão perto...
Pediu que eu permanecesse deitada e que dobrasse uma perna na cama e a outra no alto, segurando com a mão e fizesse força, como se eu estivesse abaixada. Ela saiu pra ver a Kelly, que estava juntinho comigo e também estava perto de nascer. Fechou a cortina e aí eu pensei: Agora é comigo! Chegou a hora de parir, chegou a hora de fazer a força que eu tanto vi outras mulheres fazendo em vídeos.
Na primeira força que eu fiz eu peidei, nossa! Que vergonha, confesso que deu vontade de parar, mas naquela altura do campeonato Clara tinha que nascer, Clara tinha que vir e não era momento de ter vergonha... novamente uma dor e PIMBA!!! Dei um grito e comecei a sentir a Clara empurrando... é algo muito louco pois mesmo que eu não quisesse fazer força, a força vem e me obrigava a empurrar... sempre pensava: '' Força de cocô... força pra baixo... inspira e solta pela boca... cheira flor e assopra vela...''
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Aí veio a médica me ver e disse: '' Muito bem, Thalita! Continua assim... FORÇA!!''Aí eu fiz uma força... depois força de novo! E a médica chamou as enfermeiras e disse: ''Thalita, segura que a Clara está nascendo''
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Porra, pode isso Arnaldo? Como eu vou segurar nessa altura do campeonato?? 
Chegaram as enfermeiras e veio a pior parte, passar da cama pra maca. Que dor!!!
Na hora que me colocaram na maca eu disse: '' Chama meu marido Robério o nome dele''
Me levaram pra sala de parto e na maca mesmo a Clara e! Empurrava e eu gritava, era incontrolável...
Mais uma dor forte! Passar da maca pra cadeira de parto... quando sentei na cadeira de parto pensei: '' Agora chegou a hora, agora é a minha vez de fazer força e ver minha filha.''
Robério entrou com máscara, gorro, roupa... como assim? Tão rápido!
Lembro que ele colocou a mão na minha testa, que estava suada e olhou pra mim com os olhos mais confiantes que eu poderia ver...
Segurei nas alças que tem embaixo, coloquei o queixo no peito como a médica pediu e fiz força.
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A médica disse: '' Muito bem Thalita, faz força de novo''
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E eu fiz outra força mas essa altura eu já não tinha vontade de fazer força, eu fazia força pra Clara sair, fazia pra ela nascer mas não sentia vontade de fazer.
Sentia apenas a pressão de algo saindo... era como se tivesse uma bola de baseball pra arrancar de mim. A segunda força foi falsa, eu fiz força na garganta e não força de cocô, aí a médica disse: Não é força em cima, é força embaixo, como você estava fazendo antes.
Respirei e fiz mais uma força e ela disse: '' Só mais uma, só mais uma.''
Na outra força, ficou um silêncio e senti Clara saindo como se fosse uma gosma... escorregou e logo percebi que era o corpinho dela. Quando colocaram Clara em cima de mim, tão rosa, tão bochechuda, tão linda, olhei pro Robério e ele chorou.
Nossa! Que emoção, que alegria! Que sentimento mais lindo  mais puro e mais maravilhoso que alguém podia sentir...
Eu consegui! Depois de tanta dor, de tanta demora e de tanto medo a Clara nasceu! E é a mais linda do mundo todo.
Enquanto colocaram ela pra pesar e medir seus olhinhos viam em nossa direção e todo mundo comentava que bebê tão branca, tão linda!
Nesse momento passou muita coisa na minha cabeça e a partir daquele momento minha vida mudou!
Eu deixei de ser grávida e me tornei mãe de vez.
Nesse momento eu pude ver aquele ser que carreguei em meu ventre por todo aquele tempo.
Pude ver o resultado do nosso amor.Nossa Clara nasceu!

Data: 27/03/2013
Pesando: 3494 Kg
Medindo: 52 cm


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terça-feira, 12 de março de 2013

Chá bebê surpresa

Domingo, 10/03/13 decisão da taça guanabara Vasco x Botafogo!
Como tem muito tempo que não vejo a Rejane, combinamos de assistir o jogo juntas, porém o Robério aceitou o convite da mãe dele para almoçarmos lá também. Ficou definido assim: Almoçar na casa da sogra, sair de lá ás 15h e ir assistir o jogo em casa com Rejane e Giselle. Tudo ótimo, almoçamos e conversamos e quando foi 15:15 liguei pro meu pai para ele ir nos buscar e minha mãe avisou que o carro tinha dado um problema. Quando foi 15:40 minha mãe disse que ele estava a caminho. 16h meu pai chegou e já estava preocupada com a Rejane em casa me esperando pra ver o jogo que já tinha chegado. Ele foi me buscar e quando chegamos na varanda, dei de cara com Rejane, Giselle, Rafaela, Ingrid, Rafael, Ludmila, Anderson, Yamara, Patrick, Carla e Francisco, Nuno, Aline, Fernando, Larissa, Christianne, Letícia e minha avó, todos tirando fotos de mim e eu fiquei ali, sem entender nada!!! Fiquei uns 2 minutos tentando entender oque aquele povo fazia ali em casa e foi quando alguém falou: Fizemos seu chá de bebê!!!!




Depois de cumprimentar todo mundo, vi que na varanda tinha uma mesa linda, toda decorada em rosa e marrom, com o bolo de fraldas, um bolo lindo que Rejane fez, docinhos, balas e lembrancinhas! <3










Nossa!! Foi incrível poder encontrar todo mundo ali na minha mãe, um calor horrível que estava mas estavam todos lá, nos prestigiando e mostrando seu carinho por nós! Estava tudo lindo, tudo muito bem feito e tudo parecia ter sido feito com um enorme carinho! Amei a surpresa, amei saber que as pessoas gostam de mim e fiz meu chá de bebê, á força mas fiz,rsrsrs.





 Meu amor, que sabia de tudo e não me contou nada!



Carla e Francisco


 Aline


Vó e Evelyn


Amiga, que organizou e fez tudo! <3


Giselle


Nuno e Aline


O amor da minha vida, obrigada por estar ao meu lado sempre!


Mãe!


Evelyn


Mamãe e Papai


Letícia


Rafaela


Larissa


Yamara


Ingrid 


Christianne


Larissa, Fernando e Felipe


sexta-feira, 8 de março de 2013

Março chegou!


Vem logo filhaaaaaaa!! =)
Chegou Março!!!
Parece que esse final está sendo uma eternidade.
Na última consulta a GO fez o toque e nada de dilatação e nem encaixada a Clara está ainda. 
Confesso que estou ficando preocupada pois estou com 39 semanas já e nada ainda, sempre achei que meu tampão sairia cedo, que minha bolsa estouraria em casa e que eu chegaria no hospital com uns 5cm de dilatação, mas parece que vou ter uma bela de uma cesárea, sei lá... estou achando super estranho tudo isso.
Agora oque me resta é ficar em casa e esperar a Clara resolver conhecer o mundo, pois está muito difícil sair por aí, andar e fazer qualquer coisa que não seja em casa,rs.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
Demorei a voltar mas venho registrar ótimas notícias!!!!!
Ontem, dia 18/02/13 foi um dia marcante pra mim, pois depois de 12 dias de espera, chegou a minha encomenda no mercado livre e finalmente estou com minha Nikon nas mãos! =D
E também peguei ontem com a minha médica o atestado médico com a licença maternidade!
FI-NAL-MEN-TE!!!!!!!!!!!!!!!!
É muita emoção pra pouco tempo e também, essa semana completo as 37 semanas de gestação e vou ficar na minha mãe já. Minha sogra é suuuuuuper gente boa e faz oque pode por mim, porém já cheguei no meu limite e estou me sentindo ''A incoveniente do lar''. No calor que tem feito aqui no RJ, me sinto péssima ao vê-la dormindo na sala, no calorzão, enquanto eu e Robério estamos aqui no quarto, desfrutando o fresquinho do ar condicionado. E também, ainda tem algumas coisas pra fazer na minha mãe até Clara chegar, como comprar a jujuba da lembrancinha, colocar todas elas no saquinho e dar o laço, arrumar o berço com o protetor lindo que já está comprado e montar a minha bolsa da maternidade, pois a da Clara está pronta desde as 32 semanas. *.*


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Terça-feira fui na minha médica e ela disse que ainda não poderia me dar a licença.
Confesso que já fui com o plano de que se ela me negasse de novo o pedido da licença, eu trocaria de médica mesmo na reta final. Não foi preciso pois contei todo meu drama pra ela e ela sugeriu que eu pegasse 7 dias de atestado com ela e depois voltasse para que ela me desse a licença.
A-L-Í-V-I-O!!!!!!
Finalmente posso ficar com a consciência tranquila e saber que as coisas estão encaminhando pra mim.
Já estou com 35 semanas e meu grande receio é passar mal no metrô e não ter pra onde correr.
Esses dias tem sido totalmente cansativos pra mim, mesmo que eu não faça nada, eu me sinto cansada o tempo todo. Pra levantar é meio complicado, já que a barriga está cada vez maior.
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E para minha alegria, na última ultra, dia 05/01, Clara estava linda, bochechuda e bem cabeludo! Isso mesmo! O Dr Haroldo mostrou os cabelinhos da minha baby, e pude me imaginar enchendo aquela cabeça de lacinhos,rsrsrsrsr






Grávida de 34 semanas eu posso afirmar que pra mim já deu.
Já deu tempo para chorar, me desesperar, para mudar meus hábitos alimentares e conviver com a idéia de que nem tudo que eu como fica muito tempo no meu estômago.
Já deu tempo de pensar em tudo de bom que vai acontecer daqui pra frente, e de tudo de assustador que também está por vir.
Já deu tempo de me acostumar a ir no bar e ficar apenas no suquinho e ver todo mundo passando a mão na minha barriga antes mesmo de me cumprimentar.
Já deu tempo de ler livros sobre a maternidade e fazer um curso para gestantes.
Já deu tempo para imaginar meu parto normal e para saber que tenho que ficar tranquila caso eu não consiga ter um.
Já deu tempo de arrumar as malas do hospital, ficar cheirando aquelas roupinhas e imaginando a Clara dentro delas.
Já deu tempo de me acostumar com a falta de posição para dormir e de sentir falta de sexo, do jeito que sexo era antes da barriga gigante.
Já deu tempo de pensar e repensar porque fiquei 1 semana sem tomar o anticoncepcional e de ter certeza que foi a melhor coisa que eu fiz na vida
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sábado, 2 de fevereiro de 2013

                                                    Clara ouve e curte Killswitch Engage! <3
Juro que eu queria postar todos os dias, como fazia naqueles diários de papel, onde eu anotava todos os segredos e futilidades do meu dia-dia de adolescente. O problema é que não tenho mais tanta disposição assim para escrever nada de interessante ou simplesmente criar coisas para encher o blog.
Esses dias foram um pouco intensos, pois aconteceram algumas coisas comigo, coisas com o Robério, que são totalmente interessantes e que não podem passar batido.
Bom, voltei a trabalhar mesmo contra minha vontade, enfrentei metrô cheio, enjoos seguidos de azia com algumas horas em pé até a Tijuca e um dia totalmente mole no trabalho. Primeiro que quando eu voltei, parecia que todos os 20 dias que estive ausente só serviram para acumular material sujo e coisas á fazer, digo isso porque estava tudo uma zona, começando na recepção, passando pelo banheiro ( a parte mais imunda de todas ), laboratório revirado, escritório bagunçado demais e consultórios nojentos. Uffa, deu taquicardia só de olhar a zona toda. Comecei pela entrada e assim fui indo, até chegar nos consultórios.

Sei que 13h da tarde ainda estava arrumando as coisas e tentando deixar tudo no lugar.
Giselle não me ligou um minuto mas fez questão de deixar um bilhete gigante com um monte de ''afazeres'',rsrs. Tenho vontade de rir quando vejo essas coisas, porque só mostra que realmente o consultório não anda se eu não estiver lá.
Enfim... fui na segunda e conversei com ela sobre o horário, disse que não podia ficar além do meu horário e que estava sendo bastante complicado ir trabalhar nessa reta final. ela concordou e disse que fecharia e agenda de terça, trabalharia na quarta o dia todo e tiraria umas ''férias'' de uma semana para ficar junto com o marido dela, até na quinta-feira que vem. Ok! Eu fui na terça, passei a quarta toda lá, me arrastando mas fiquei e na quinta também, 08h da manhã estava eu lá, abrindo o consultório. Fiz tudo oque devia fazer e não deixei a desejar mas confesso que o pique já não é o mesmo. O último paciente era a Gabriela Fructuoso, marcada para ás 19h com o Dr Leandro, deu 18h e o Dr Leonardo foi embora e lá eu fiquei., esperando o Dr Leandro terminar de atender a paciente das 17h que já estava na cadeira com ele. Gabriela chegou 18:30 e nada do Dr Leandro, ficamos jogando conversa fora e deu 19h, 19:30 e nada dele... comecei a ficar puta com a situação e o Robério começou a me cobrar o horário pelo facebook, perguntando oque eu ainda estava fazendo lá. Sabia que a Gabriela só tinha um molde para fazer, então era coisa de 10 minutos no máximo. Quando foi 20:15 ele chamou Gabriela para atende-la. Pensei: '' No máximo 20:30 saio daqui, se eu sair depois de 20:30 eu não venho trabalhar amanhã e Giselle vai se fuder comigo.Achei um absurdo, me deixar grávida, sabendo da minha situação lá no consultório desde as 08h da manhã com o Dr Leandro, que nada sabe fazer sozinho e não tem a chave. que horas eu chegaria em casa? Isso ninguém tem interesse em saber.

As horas foram passando e quando deu 21h eu já estava agoniada, com vontade de chorar, porque me sentia estúpida por não conseguir controlar a situação e sair dali como eu queria. eu era uma empregada que estava presa a um lugar 21h da noite.
Conversei com o Robério pelo Facebook e falei do meu plano de faltar no dia seguinte, ele concordou, é claro. Deu 22h e lá estava eu saindo da Tijuca, para pegar o metrô cheio e encontrar o Robério na Pavuna para aí sim irmos para casa. Quando entrei no metrõ, fiz questão de enviar uma mensagem malcriada para a Giselle e informar que não iria no dia seguinte. Nossa!Ela quase teve um treco, me mandou 500 sms dizendo que não poderia abrir o consutlório no dia seguinte e eu simplismente ignorei qualquer sentimento de culpa que pudesse ficar no meu coração, pensei em mim, na minha filha, no horário absurdo que estava saindo do trabalho e da falta de consideração da parte dela comigo, que sequer teve consideração com a minha situação e cagou 20kg pra mim. Por que eu deveria me importar com os compromissos dela? Por que eu deveria sair do trabalho 22h da noite e chegar no dia seguinte ás 08h no trabalho? Negativo! Dessa vez eu não vou pensar em ninguém, só em mim.
Quando o metrô chegou no Nova América, começou a chuva, e que chuva...
Tempestade de água, trovão, raios e tudo que tem direito, e eu ali, indo pra casa ainda, com um barrigão e me sentindo frágil demais...
Quando cheguei na povuna Robério me ligou e disse para eu não sair da estação, apenas espera-lo do lado de dentro do metrô. Quando sai, me deparei com um rio... a Pavuna era um rio. Água até o joelho, não passava ônibus, nem carro, nem nada... era muita chuva, muita água, muito tudo.O guarda-chuvas já não era o suficiente pra gente. Fomos para o ponto de ônibus e aguardamos alguns minutos, mas nada passava... já estava encharcada d´água. Quando vimos que era inútil ficar ali no ponto, pois nenhum ônibus passaria, tivemos que enfrentar a água, não tinha jeito, ou a gente ia pisar na água ou ia ficar ali até sabe que horas esperando a água baixar.
Enfim... foi tudo um caos, o valão da pavuna transbordou, foi notícia em vários lugares da chuva, cheguei em casa ás 00:40, e tinha vááárias mensagens da Giselle pra mim, querendo porque querendo que eu fosse no dia seguinte trabalhar, mandei uma pra ela dizendo que não ia, nem a tarde e que estava chegando aquela hora em casa, exausta, com dor nas costas e nos pés. O auge foi quando ela disse que estava na hora de adiantar minha licença maternidade e que poderia pegar um atestado médico com  uma data de parto mais cedo que a minha data de fato. Pode isso? Querer falsificar um atestado???